quarta-feira, 6 de julho de 2011

O BEIJO PARTE II - “Na boca não, meu amor”


Espero que vocês tenham praticado bastante antes de iniciarmos a segunda parte do nosso bate-papo!
O beijo nos ronda, nos molda, nos motiva, nos decepciona, nos alegra, enfim, ele é capaz de despertar uma infinidade de sensações, de sentimentos, de associações de neurotransmissores e tempestades neuronais!
Quando você muda o foco e passa a analisar as informações passadas por um simples beijo, ele deixa de ser considerado simples e inunda nosso cérebro com uma infinidade de informações. Carregando a herança do desenvolvimento da fase embrionária até o que somos neste exato momento, o complexo bucal, em especial os lábios e a língua, ocupam um lugar privilegiado no córtex sensorial (área do cérebro responsável pela interpretação das sensações), sua compleição convoca um grande numero de terminações nervosas e sinapses para esta finalidade. Com um simples toque labial, somos capazes de captar a temperatura, a textura e a pressão da pele (ou do lábio, ou de qualquer outra região que tenhamos encostado os lábios) assim, um simples beijo na bochecha passa informações ao sistema nervoso, capaz de inibir ou estimular a secreção de determinados neurotransmissores e, consequentemente, de determinados hormônios, exercendo uma influencia considerável na interpretação do que sentimos ou sentiremos com relação ao outro.
O ato de beijar acaba sendo um reflexo do nosso comportamento social, uma amiga ou um amigo de longa data, pelo qual nutrimos um imenso carinho, dificilmente será cumprimentado com um “beijinho de madame”, aquele só de bochecha com bochecha; da mesma maneira, ao sermos apresentados a alguém, raramente, agarramos e já damos aquele beijo molhado. Com estes exemplos podemos compreender a afirmação “beijo demonstra a afinidade e a intimidade que nutrimos por alguém (ou que gostaríamos de nutrir)”. Qual o ponto máximo desta intimidade? Pare, reflita um pouco antes de prosseguir com sua leitura... procure nos recondidos da sua memória, o que, para VOCÊ, é a representação dessa intimidade?
Se você parou, pensou e não encontrou uma resposta, de um tempo com a leitura deste BLOG, beije um pouco mais, se divirta e volte com um olhar mais “intimo”...
Se você pensou e respondeu “um beijo na boca”, parabéns, você esta no ponto de continuar com o nosso bate papo.
O que somos, o que sentimos e como nos relacionamos, é a somatória das nossas experiências e vivencias, com os estímulos recebidos e transmitidos por zonas especificas do cérebro; para ser mais preciso, uma região chamada de “Sistema límbico hipotalâmico”. É esse sistema que nos torna viciados em determinadas emoções, em determinadas ações e em algumas “pessoas”, ele guarda dentro de si e a sete chaves, o segredo da “química” da coisa, o segredo da “pegada”... e este é o cerne deste nosso segundo bate papo sobre o beijo... e a medida que caminhamos, você percebe que, paulatinamente, nosso papo vai se apimentando...
Quando a coragem nos surgiu e experimentamos o primeiro “beijo francês” (aquele em que as línguas se roçam.... você sabe...), fomos inundados por uma sensação de bem-estar, experimentamos algo marcante... e daquele momento em diante, tivemos a certeza de que iríamos repetir aquele ato quantas vezes fosse necessário para experimentarmos uma vez mais aquela sensação, até então desconhecida. Este fato, para alguns, é tão marcante, principalmente para as mulheres, que o primeiro beijo ocupa um lugar especial na construção da nossa historia. Comparativamente, com base no que já discutimos, o numero e a intensidade das informações são amplificadas ao ponto de nos “viciarmos” em um bom beijo; por essas e por outras, as “profissionais” costumam apresentar-se ao “serviço” com uma única regra: “na boca não, meu amor”...
Como você vê, a medida que progredimos com nosso papo... nossa intimidade (ao menos no tocante à neurofisiologia que norteia o nosso comportamento) aumenta... e nos leva a novas questões... assim me vejo obrigado a interromper nosso papo para que você se habitue com tudo que um beijo é capaz de provocar, pratique um pouco mais... e em breve retornaremos com a parte “O BEIJO parte III”...
Boas Sinapses!

5 comentários:

  1. Fer, pela primeira vez estou lendo o seu blog e me deu uma nostalgia das aulas de Fisio, rsrs
    Muito bacana, adorei.
    O sistema límbico hipotalâmico é a sua cara mesmo.
    parabéns!

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  2. Não vejo a hora do próximo post...

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  3. poxa, pensei q ia terminar agora!
    ja to esperando a parte III

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  4. tio fernando... e sua famosa historia sobre os beijos.. kkkkk
    gosteiii!

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  5. beijar é sempre maravilhoso

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