domingo, 10 de julho de 2011

O Beijo parte III – “Tudo começa com um beijo”


Nada melhor do que a palavra vício para descrever o prazer que se tem em beijar. Beijar é cultural, é social e, algumas vezes, quase sobrenatural. Já discutimos aqui algumas modalidades de beijo, mas sem dúvida, nada se compara um bom e prolongado “beijo na boca”, por isso, este “post” é dele.
Você já reparou em tudo que acontece com o seu corpo durante um bom beijo, independente de ter sido bom ou ruim, para a maioria das pessoas (ao menos aquelas dentro dos padrões de normalidade), o primeiro beijo foi marcante e possivelmente determinante.
O beijo é mágico: tem sapo que vira príncipe, tem príncipe que vira sapo... como se diz hoje em dia, é tudo uma questão de “pegada”. Desde seu primeiro beijo, quando seu cérebro se inundou de neurotransmissores no meio de uma tempestade neuronal, você se viciou nesta sensação, tanto é que busca repeti-la mais e mais vezes, até hoje.
O momento que antecede o beijo é quase místico e carrega em si um “que” que expectativas e ansiedade; se inicia com a aproximação dos corpos, é seguido por um “calor diferente”, as mãos ficam levemente tremulas, suas pupilas dilatam levemente então vocês diminuem a distancia entre os corpos, você busca no parceiro (a) um “lugar” interessante para aparar as mãos, facilitando assim o encontro entre os lábios e consequentemente, as línguas iniciam a mais interessante das danças, “e aí, já era”. Os primeiros segundos são determinantes, sem meio termo, é bom ou não é, o “mais ou menos” acaba sendo apenas uma mentirinha social pois no momento X, você já julgou e estabeleceu o ranking da “pegada” do parceiro(a). Para nossa sorte, a “pegada” é um julgamento pessoal e diversificado... todos temos chances de sermos inesquecíveis para alguém!
Afinal o que é capaz de nos tornar inesquecíveis?
Vamos por partes, quando uma língua roça a outra, milhares de receptores (táteis e gustativos) são estimulados pelo contato e pela troca de saliva (que, diga-se de passagem, só este fato merecerá uma postagem individual, tamanha sua complexidade); o movimento das línguas se tornam semi-automáticos e você já não “pensa” mais em nada, apenas é invadido por algo socialmente indescritível e fisiologicamente, extremamente técnico... simplificando bastante, uma porção do seu cérebro, chamada de sistema límbico hipotalâmico, entrou em hiperatividade e, outra porção, o hipotálamo, se encarregou de coordenar o lançamento de uma serie de hormônios na sua corrente sanguinea e diversos neurotransmissores, no seu sistema nervoso central... sempre em resposta ao estimulo inicial – o beijo.
Sim, você não entendeu errado, boa parte da “pegada” é uma questão bioquímica associada a estímulos táteis de diferentes regiões do corpo ao mesmo tempo... a parte tátil, meus amigos, pode e deve ser treinada e desenvolvida ao seu máximo porém a química da “coisa” independe da sua vontade... e é justamente essa (bio)química que é capaz de nos tornar inesquecíveis, de despertar paixões avassaladoras, de motivar uniões, promover rompimentos, estimular o sexo e isso, com certeza, vicia... tudo começa com um beijo, independente da cor, etnia, religião, sexo, tudo depende da “pegada” e, se um dia ela acaba, tudo também termina pelo julgamento de um beijo...
Por enquanto pratique bastante, e de agora em diante você encarara o beijo de uma maneira completamente diferente... em breve conversaremos novamente! Deixe seu recado!

Boas Sinapses!

Um comentário:

  1. UOU!!! bom demais! tah cada vez melhor, pena q acabou o post sobre beijo!
    esperando os outros que virão!
    "completamente em brain storm"

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